Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.

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Wishlist books :* Deslembranças ( Cat patrick)

London Lane não lembra de seu passado, mas consegue "lembrar" do seu futuro. Todos os dias, antes de dormir, London escreve bilhetes para si mesma, onde conta o que aconteceu durante o dia. Ela os relê pela manhã, para que consiga levar sua vida da forma mais normal possível. Só que uma lembrança do futuro começa a atormentá-la: um funeral. Como todas as coisas que London se "lembra" ainda irão acontecer, ela fica intrigada com essa memória, curiosa para saber quando irá acontecer.
* ouvi e li varias criticas, confesso ja li dois ou tres capitulos (escondida na livraria) e simplesmente amei ;* com certeza quero esse livro na minha prateleira. Fica dica rs
Enfim é só :-* boaa noite pra quem fica & arivedete ;)

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Estar aqui é sempre tão difícil
Olhar em volta e não ver mais que a escuridão
As ondas vem a cada dia sobre mim
Ventos incessantes não me deixam descansar
Mesmo assim eu estou de pé
Não tenho nada além de um sonho e uma inesgotável fé
Isso me faz insistir em estar aqui
Você sabe, eu quero fazer mais que apenas viver
Eu quero andar sobre as águas sem medo de me afogar
Mesmo que os ventos me façam tremer
Olhando em teus olhos e segurando em Tuas mãos,
 eu sei que está tudo bem
As ondas tentam me desesperar, me desacreditar
Os ventos dizem que tudo isso é bobagem
E o que vale é a realidade
Mas em Tuas mãos eu posso ter
Força pra seguir e não olhar pra trás
Só quero ouvir Tua doce voz a me dizer:
"Vem sem medo, vem!"

(Nivea Soares )


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Diariamente.

“Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.”
—Marina Colasanti

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